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Vamos falar do Instagram? Também chamado de insta, ele é um espaço de fotos, comentários, mensagens, para achar amigos e seguidores. Ah! Seguidores? O instagram é um espaço para seguidos e seguidores. Quando você vê, tem alguém te seguindo; quando você vê, você está seguindo alguém. São pessoas de vários status e estilos. Mas o instagram tem como principal característica achar para seguir. Mas seguir não é simplesmente você estar atento(a) à pessoa, quando você segue alguém, você também segue o seu estilo, maneiras, moda, ditos, imagem, posições, etc. Seguir não é simplesmente a pessoa em si, é toda uma composição, um conjunto que o seguidor se identifica.

Na verdade, o insta é o reflexo da contemporaneidade: muitas imagens, inúmeras referências que vão e vem e a corrida pela felicidade. Você precisa estar feliz, ser feliz, mostrar nas fotos paisagens de felicidade. Ah! Mas sabemos que não é assim, o mercado insiste em vender uma felicidade estática para as pessoas, mas não é assim. Referência, eu citei a palavra linhas anteriores, a referência, séculos atrás, era permanente, ou seja, o ser humano tinha orientações para seguir algo: era sabido o conceito de pai, mãe, família, etc. O externo era um grande condutor do homem. Mas as referências, hoje, estão em derrocada, então tudo está interno, tudo está nas mãos do homem. O indivíduo está desreferencializado, ele decide o que é bom ou mal, ele não tem modelos para seguir. Tudo está muito rápido, um vai e vem enlouquecedor, imagens entram e saem e assim por diante. É querer seguir tudo e ao mesmo tempo nada. O que você segue hoje, amanhã pode não mais seguir. Tudo está líquido, tudo escorre das mãos, tudo está vazio e sem sentido. E as soluções instantâneas aparecem: o jurássico orkut, face, instagram e outros. Todos indo em busca de seguidores, indo em busca de referências. O instagram é um vasto espaço virtual, onde a busca por referências é incessante.

Quando lembro da palavra seguimento, lembro de Jesus. Nas margens da Galileia, chamando seus discípulos. Seguir a Jesus não era um seguimento qualquer, pois o próprio Deus era seguido, o entendimento perfeito do Reino. Quando os discípulos deixaram suas redes de lado, eles não estavam simplesmente seguindo o Filho de Deus, mas eles estavam debaixo do verdadeiro governo, da reta justiça e mansidão. Estavam com Jesus e não uma simples referência passageira. No entanto, leitor, o chamado de Jesus não cessou, continua alto e latente, ele convida a todos nós para o seu seguimento. A cruz é a arquitetura máxima do chamado, chamado misericordioso e amoroso. O mundo apresenta suas formas de seguir, mas elas não são duráveis, terminam no tempo certo. Mas Jesus não, ele é eterno. Eis o maravilhoso convite do Senhor: sermos seus seguidores, sermos parte do Cristogram. Espaço que não é virtual ou descartável, mas pleno e verdadeiro, enfim, Cristo.


Rev Artur Charczuk

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